10.12.06

Características e propriedades


Como é a àrvore e o seu fruto? Quais são as suas propriedades?

O Sabugueiro é uma árvore de folha caduca, na forma de arbusto ou árvore pequena, de 3 a 6 metros de altura, podendo atingir os 10 metros, sendo o seu aspecto inconfundível. Pertence à família das Caprifoliáceas. O Sabugueiro gosta de solos ricos e húmidos e de locais com uma boa exposição solar ou com pouca sombra.Encontra-se em crescimento em Novembro, em flor em Junho – Julho, com sementes em Setembro. As flores são hermafroditas, ou seja, tem os dois sexos, e são polinizadas por insectos.

As flores de sabugueiro têm de ser secas. Por superstição, para que as flores tenham efeito medicinal têm que ser colhidas na véspera ou no dia de São João, a fim de estarem abençoadas pelo Santo.As flores preferem luz, sol e humidade, enquanto que as plantas preferem solos alcalinos pois não gostam da sombra. As suas flores são pequenas e de cor creme e nascem por volta do mês de Maio. São muito ricas em Nitratos de potássio e têm um cheio desagradável quando frescas. Se as flores forem guardadas, devem ficar isoladas do ar devido o apodrecimento acelerado, pois absorvem humidade com facilidade. As flores têm pequenas quantidades de amigdalina, saponinas, um óleo essencial e éter.

As flores são colhidas no fim da Primavera, no auge da floração, secas e empregues em infusões e decorações. As infusões das flores são usadas quase para tudo: infecções respiratórias, gripes, catarros e laxantes. Secas usam-se, também, para dores de cabeça: um pouco de flores frescas em molho de vinagre (15 minutos), coloca-se sobre um pano e aplica-se nas fontes.Estas antocianinas têm excelentes e particulares propriedades terapêuticas pois são elas que estimulam o sistema imonulógico humano, aumentando da produção dos linfócitos. Estas células sanguíneas são as que têm com função combater os agentes patogénicos. Elas têm também uma importante acção na manutenção das paredes das pequenas artérias, contribuindo assim para a redução de problemas circulatórios.

A segunda casca, que é aquela que fica depois de se raspar a parte externa das varas, é purgante e diurética. Devido ao seu grande valor diurético é particularmente indicada nos casos em que é necessário eliminar a água em excesso no organismo, como no reumatismo.As folhas são utilizadas ou em fresco, ou secas. Depois de secas podem-se utilizar na preparação de um unguento: "Unguentum Sambuci Viride". Este era ou foi muitas vezes utilizado como remédio doméstico para tratar escoriações, entorses, frieiras, assim como para cicatrizar cortes.
As folhas, além de sudoríferas e purgantes, cozidas são muito boas para cataplasmas contra as almorranas.

As folhas são ricas em glicósido samburigina-amigdalina, benzaldeído e ácido cianídrico. Da mesma forma como a casca, também as folhas são purgantes, pois também lhes é igualmente atribuída quer a acção espectorante, diurética e diaforética. Devido à sua forte acção repelente, a infusão das folhas de sabugueiro pode também ser utilizada para evitar picadas de mosquitos e de outros insectos.

A casca contém alguma sambucina, um pseudo-alcalóide. Na casca encontra-se uma resina de efeito drástico e nas bagas pretas tirosinas com abundância de vitamina A, D e C. São ricas em vitaminas B do que qualquer outra variedade. A casca é um excelente laxante.A "tintura mãe", obtida da flor do sabugueiro em laboratórios especializados, é o ponto de partida para a preparação de muitos medicamentos.

As flores, frutos e casca também são utilizados para preparação de drogas medicinais.Os seus caules são negros no exterior e esverdeados no interior. Quando maduros os frutos são bagas de cor preta, violeta, redondas, com duas sementes ovais e repletos de suco violeta. Contêm açúcar, pectina, ácidos orgânicos e vitamina C. Há quem, com os frutos muito maduros faça um xarope, especial como laxante.

O fruto, também, se utiliza para dar sabor, tipo moscatel, ao vinho.Sabemos que os frutos do sabugueiro são utilizados para a coloração de alguns vinhos Segundo algumas opiniões esta adição não altera as características do vinho, e dá-lhe uma cor e consistência aveludada, porventura até aumenta a sua qualidade. No entanto, esta atitude é muitas vezes utilizada menos escrupulosamente por pessoas que, fazendo-se valer das suas qualidades corantes, os utilizam para fazer o chamado "vinho a martelo". Quantos vinhos em países nórdicos por exemplo não são feitos com a baga que importam do nosso país.

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